segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Dia da Reforma, dias das bruxas ou dia do saci?

Embora seja bem mais emocionante comemorar o dia do Saci e cada dia mais estou convencido que esse mundo é uma grande peraltice do safado, 31 de outubro também é comemorado Halloween e o dia da Reforma Protestante em vários países do mundo.

Realmente não vejo motivo algum para se comemorar Halloween, que é uma festa típica americana do norte, que não espelha nenhuma realidade de outros países do mundo, e tal data nada mais é do que a comercial, diferente do que alguns dizem ser uma evocação do djanho, embora o comércio e o dinheiro sejam bem mais perigosos do que o “rabo de seta”.

Mas falando em maldade, o dia 31 de outubro também é o dia de se lembrar da reforma protestante. O dia em que supostamente Martinho Lutero prega na porta do Castelo e catedral de Wittenberg, na atual Alemanha as suas 95 teses confrontando principalmente as indulgências (praticamente a compra e venda de perdão de pecados pela igreja católica romana), poderio e supremacia da igreja romana e seus Papas sobre os povos.

De fato, a Reforma Protestante teve o poder sobrenatural de pôr abaixo séculos de excessos cometidos por líderes católicos que não tremiam a Deus, mas tinham seus títulos conferidos pelo estado e por poderes políticos muito mais do que a vocação. Mas será que essa reforma foi suficiente e definitiva? Com toda a certeza, a resposta mais acertada é um retumbante: Não!

A reforma atingiu apenas as camadas mais densas da teologia e a maioria dos títulos da antiga igreja oficial só foram convertidos a termos mais populares, assim como os outros pormenores da religiosidade medieval. Na prática, os novos crentes mataram tanto quanto os antigos, por causa de política e confronto teológico. Claro que os religiosos em si, não manchavam as mãos com sangue, assim como era no tempo absurdo das mortes nas fogueiras e torturas da inquisição, porque afinal de contas, a religião sempre tem o estado para executar seu castigo. E foi assim a perseguição da igreja protestante aos que pensavam diferente lá pelos idos de 1525 até 1612 na Inglaterra e Alemanha, quando enfim pararam de matar por traição os menonitas e anabatistas. por exemplo. Claro que a perseguição continuou por muitos anos em várias momentos e locais distintos, com requintes de crueldade, e assim acontece até nos nossos dias com qualquer um que se levante contra as grandes empresas religiosas.

Nos séculos seguintes, as denominações evangélicas mudaram muito, mas a essência religiosa tem muito a mudar, até porque o fundamento, Jesus, não pregou nova religião, mas estilo de vida (repare, não falo de fundador, porque a fé cristão não é religião ou movimento denominacional).

Não era intenção de Jesus, aquele que dá nome aos cristãos, fundar uma nova religião, mas seu papel fundamental era mostrar um novo caminho a ser seguido, longe dos dogmas aprisionadores dos que se dizem profetas, sacerdotes e donos da verdade evangélica apostólica. A religião que se vê, é muito distante do estilo de vida que Jesus ensinou e introduziu no mundo. Jesus pregou a liberdade, a ligação por Ele mesmo a Deus e que todos podemos ter livre acesso unicamente por seu intermédio ao Pai. Tudo o que a religião diz é o contrário: Sem doação em dinheiro, sem intermédio de homens e mulheres vivos ou mortos ou cumprimento de regras supostamente bíblicas, não se pode chegar perto de Deus. Jesus morreu para libertar as pessoas do pecado e do controle de outros em nome da fé, mas muitos continuam aprisionados, então, tornam nulos em si o sacrifício do Messias.

O que é necessário então? Uma nova reforma! Dessa vez, a proclamada no Livro de Daniel capítulo 2: Um Reino Eterno em que destrói completamente os governos e domínios déspotas da religião, cultura e sobretudo, humana: O reino em que Jesus é o Rei dos Reis e seus súditos são igualmente todos reis, profetas e sacerdotes, conforme se vê em 1 Pedro 2.

Mais claramente, as denominações eclesiásticas estão em declínio, as organizações religiosas também, mas o povo que realmente é uma nação de reis e sacerdotes, os verdadeiros filhos de Deus estão se levantando, não para desafiar o sistema, como os reformadores, mas para viver uma vida santa e que de fato, representa a vontade de Jesus neste mundo.

Meu convite é: Seja igreja, não vá a ela. Ser é mais do que frequentar ou se denominar. Seja a extensão dos braços de Jesus e busque direto da fonte que é a Palavra de Deus a Sua vontade para sua vida! Faça parte de um corpo, não de uma religião vazia. Pare de ouvir a seres humanos que nada mais são, do que marionetes do sistema decaído que o Apocalipse chama de “a Grande Prostituta” e viva com Cristo vivo entro de você! Se é necessário congregar? Sem sombra de dúvidas, mas para isso, busque uma comunidade autenticamente bíblica, que tem seu fundamento em Jesus e sua Palavra, não nos ensinamentos de homens e prisão através da religião.

A reforma que precisamos é esta: Silenciosamente avancemos para os braços de Jesus e fujamos da grande confusão que a religião propõe!